sábado, 2 de outubro de 2010

As piores pesquisas do ano

 Paula Rothman, de INFO Online

A utilidade de se usar meias sobre sapatos, a efetividade de se promover aleatoriamente funcionários e o sexo oral entre morcegos.

Todos esses temas foram premiados ontem na 21ª edição do Prêmio Ig Nobel – uma já tradicional brincadeira com o famoso prêmio Nobel.

Ao invés de premiar as pesquisas e pessoas mais importantes do ano, a cerimônia realizada nos Estados Unidos tem por objetivo homenagear aquilo que primeiro nos faz rir – e só depois pensar. Algumas das categorias contam com muito humor e ironia – como o prêmio de economia deste ano (veja lista abaixo).

No teatro Harvard Sanders, 10 pesquisas foram coroadas com o título de ideias mais absurdas. A maioria foi realizada em instituições de ensino e publicada em revistas científicas.

Confira abaixo os ganhadores:

Prêmio Engenharia: Karina Acevedo-Whitehouse eAgnes Rocha-Gosselin (Zoological Society de Londres) e Diane Gendron (Instituto Politecnico Nacional, México), por desenvolverem um método de coleta de muco de baleia com um helicóptero de controle-remoto.

Prêmio de Medicina: Simon Rietveld (Universidade de Amsterdam, Holanda) e Ilja van Beest (Universidade Tilburg, Holanda) por descobrirem que sintomas da asma podem ser tratados com um passeio de montanha-russa.

Prêmio Planejamento de Transporte: Seiji Takagi, Tetsu Saigusa, Kentaro Ito, Kenji Yumiki (Japão) e Dan Bebber, Mark Fricker (Reino Unido), por usarem fungos para determinar as rotas ideais de uma ferrovia.

Prêmio de Física: Lianne Parkin, Sheila Williams, e Patricia Priest (Universidade de Otago, Nova Zelândia) que demonstraram que, em caminhos gelados durante o inverno, as pessoas escorregam menos se estiverem usando meias por fora dos sapatos.

Prêmio da Paz: Richard Stephens, John Atkins e Andrew Kingston (Universidade Keele, Reino Unido) por confirmarem que xingar alivia a dor.

Prêmio de saúde pública: Manuel Barbeito, Charles Mathews e Larry Taylor (Industrial Health and Safety Office de Maryland, Estados Unidos) por determinarem, via experimentos, que os micróbios de prendem a cientistas barbudos.

Prêmio de Economia: Aos executivos e diretores da Goldman Sachs, AIG, Lehman Brothers, Bear Stearns, Merrill Lynch e Magnetar por criarem e promoverem novas maneiras de investir dinheiro – maneira que maximizam o lucro e minimizam o risco para a economia global (ou para uma parte dela).

Prêmio de química
: Eric Adams (do MIT), Scott Socolofsky (Universidade Texas A&M), Stephen Masutani (Universidade do Havaí) e BP- British Petroleum, por provarem contrária a antiga crença de que água e óleo não se misturam.

Prêmio de Gerenciamento: Alessandro Pluchino, Andrea Rapisarda e Cesare Garofalo (Universidade de Catania, Itália), por demonstrarem matematicamente que as empresas seriam muito mais eficientes se promovessem pessoas de forma aleatória.

Prêmio de Biologia: Libiao Zhang, Min Tan, Guangjian Zhu, Jianping Ye, Tiyu Hong, Shanyi Zhou e Shuyi Zhang (China); Gareth Jones (Universidade de Bristol, Reino Unido), por documentar cientificamente a prática de felação em morcegos-de-fruta.

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